É importante que o diagnóstico da má formação seja feito de forma precoce e correta
Que seja encaminhado em tempo hábil para uma equipe de medicina fetal
Que o defeito seja possível de ser corrigido ainda dentro do útero
Que traga mais benefícios para o bebê e a mãe do que riscos
Abertura da coluna do feto (mielomeningocele), abertura do diafragma (hérnia diafragmática), válvula na uretra fetal, gêmeos com alteração na circulação placentária, transfusão de feto com anemia e drenagem de grandes cistos são algumas das situações possíveis de tratamento realizados por nossa equipe.
A Hérnia Diafragmática Congênita (HDC) ocorre quando o músculo diafragma, que separa o tórax do abdome não fecha, durante o desenvolvimento pré-natal.
O fechamento inadequado resulta em uma abertura por onde órgãos da cavidade abdominal, como estômago, intestino e fígado, podem migrar para a cavidade torácica.
Esse deslocamento dos órgãos acaba limitando o espaço para o desenvolvimento adequado dos pulmões. Dessa forma, pode ocorrer uma Hipoplasia Pulmonar (pulmões não desenvolvem adequadamente).
O diagnóstico durante o pré-natal é feito por ultrassonografia. O tratamento para Hérnia Diafragmática Congênita pode ser realizado ainda durante a gestação.
O procedimento de medicina fetal chamado de Oclusão Traqueal Fetal é indicado em casos graves da doença e visa aumentar a sobrevida do bebê.
A espinha bífida é uma má formação congênita que ocorre quando os ossos da coluna do bebê não se formam completamente ainda dentro da barriga da mãe. Pode ser leve à grave.
A mielomeningocele, é um tipo de espinha bífida aberta e forma mais grave da doença. Nesta situação uma porção da medula espinhal do bebê e dos nervos adjacentes se projetam através de uma abertura na coluna com a presença de saliência nas costas acima do bumbum. Pode ter consequências neurológicas e ortopédicas graves, como hidrocefalia, incontinência urinária, fecal e até paralisia de membros inferiores.
A cirurgia fetal foi um dos maiores avanços no tratamento destes bebês. A realização da cirurgia ainda dentro útero diminuiu muito a possibilidade de acúmulo de líquido (hidrocefalia) no cérebro e a realização em segundo momento de derivação (uso de válvula).
Como ganho secundário, melhora o ganho motor e possibilidade de deambulação. Mas tem momento certo da gestação a ser feita, com critérios de inclusão e exclusão e técnica diferentes (cirurgia aberta, por fetoscopia ou mista). Temos uma equipe preparada e habilitada para acolher estes casos.
Cem por cento das gestações de gêmeos com uma só placenta terão comunicações artério-venosas entre os fetos. Quando há um desbalanceamento nestes fluxos, ocorre a síndrome de transfusão feto-fetal. O tratamento para esta situação, conforme a classificação de gravidade, é a interrupção destas comunicações com a utilização de laser por fetoscopia.
Alguns bebês podem apresentar uma obstrução baixa do seu sistema urinário (L.U.T.O.) e por consequência ao refluxo da urina, levar grave lesão dos rins. A causa mais comum desta patologia é uma válvula uretral que pode ser destruída com a utilização do laser. Em complementação ao tratamento ou situações onde o laser não seja possível, posicionamos um cateter que irá drenar a urina diretamente da bexiga para o líquido amniótico.
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